Paywalls, o fim da publicidade programática e IA na Educação – e141s01

Podcast Marketing por Idiotas

Paywalls, o fim da publicidade programática e IA na Educação – e141s01

Episódio 141
56:48

Neste episódio falamos Paywalls e a primeira grande greve de professores mundial, o fim da publicidade programática e IA na Educação.

 Episódio de: 6 de Setembro, 2023

Download do podcast

Miguel 

A 1ª GRANDE GREVE MUNDIAL DE PROFESSORES

Os que ouvem este podcast sabem que sou especialista em previsões…que as paredes do meu escritório estão cheias de fotografias, recortes de jornal, prints de artigos, cheios de pioneses e ligações com fios entre as coisas…enfim uma mente brilhante!

Hoje tenho uma previsão incrível para vocês. Que anunciarei atempadamente.

Os que ouvem também já sabem que eu tenho um problema com borlas…porque as borlas, tal como a privacidade, são uma tanga.

O facebook e o instagram não são grátis, são pagos com os nossos dados.

Uma notícia recente confirma uma previsão já antiga neste podcast: Se a união europeia continua com a ideia de apostar na privacidade dos utilizadores e dificultar a publicidade altamente segmentada que traz rentabilidade a plataformas como o facebook, google, etc…então mais cedo ou mais tarde estas plataformas vão ser pagas. E é exactamente isso que já está a começar a ser estudado seriamente pelo facebook e instagram: Os serviços poderão vir a ser pagos na europa. (Diogo ganhaste…conseguiste!! apesar de que ouvi dizer que hoje vinhas com uma teoria qualquer de publicidade privada…LOL!)

Mas hoje nem venho falar disso…eu não preciso do vosso reconhecimento por mais uma previsão certeira…venho falar de algo que acredito que vai ser outra revolução na forma como a internet funciona.

Eu vou anunciar pela primeira vez A 1ª GRANDE GREVE MUNDIAL DE PROFESSORES

Nos últimos 30 anos existia um acordo de cavalheiros entre criadores de conteúdo e os motores de busca e agregadores:

  • Uma pessoa ou empresa produz conteúdo no seu site e os crawlers do Google e outros motores de busca indexam essa informação para conseguirem apresentá-la nos resultados de pesquisa.

Esta situação sempre foi um Win-Win.

Os sites ficam a ganhar porque se o google os indexa e apresenta nos resultados de pesquisa organica  isso significa visitantes, leads e vendas. 

Isso é um forte incentivo para que as marcas apostem na produção de conteúdo grátis para o público e para o google….

Ou seja…ninguém oferece conteúdo à borla ao Google e ao público…oferecem porque acreditam que vão ter algum retorno no final do dia.

O google também não oferece o serviço de indexação á borla… fica a ganhar porque se consegue apresentar bons resultados para as pesquisas e as pessoas continuam a utilizar o google para pesquisar, eventualmente muitas delas clicam nos seus anúncios.

No entanto nos últimos 2 ou 3 anos este acordo de cavalheiros começou a mudar.

O google começou a apresentar respostas rápidas, com excertos de conteúdos retirados de sites…ok que ainda mantinha ali a possibilidade de se clicar no link para a resposta completa.

Mas agora com os crawlers de inteligência artificial tudo mudou e o que ainda não mudou vai mudar.

Os crawlers de AI percorrem todos os sites da internet à procura de conteúdo para alimentar a sua base de conhecimento…mas não atribuem esse novo conhecimento a nenhuma fonte. 

Por isso, todo o conhecimento online disponível para o público, é grátis!

Ou seja, o produtor do conteúdo não é reconhecido de nenhuma forma, até porque…para apresentar a resposta a uma pergunta que o utilizador fez no chatgpt o motor pode utilizar centenas ou milhares de fontes.

Um executivo da OpenAI referiu que já estão a estudar uma forma de “recompensar os criadores”… acho que deviam começar a chamar os criadores de professores, ou professores não-remunerados…porque na realidade é isso o que todos os criadores de conteúdos passaram a ser.

E o facto ainda mais alarmante: É virtualmente impossível fazer com que um motor de inteligência artificial “desaprenda” o que já aprendeu.

Para isso acontecer tinha de se fazer um reset total para uma versão anterior da AI.

Isto, na minha humilde previsão que acerta 99,9% das vezes, sobre grandes tendências só vai levar a um caminho:

  • Que incentivos têm as pessoas e as empresas de continuar a produzir conteúdos de qualidade e deixá-los serem indexados livremente pelos crawlers de inteligência artificial e motores de busca?

Bem…parece-me que serão cada vez menos.

E pois é adivinharam: Vem aí a maior greve de professores de sempre, a nível mundial!

Então acredito profundamente que, tal como nos sites de notícias, vamos começar a ter acesso grátis a uma internet a meio gás.

Vamos ver parte do conteúdo, o mínimo possível, para que seja indexado pelos motores de busca e nos traga algumas visitas.

Mas o sumo, o conteúdo de valor, cada vez mais vai estar protegido por algum tipo de paywall…um login…um email…etc.

Sim, alguns de vocês podem estar a pensar: Então mas e o robots.txt, aquela suposta proteção que diz ao motor de busca para não indexar determinada página.

O que vos digo é: Acham mesmo que se é virtualmente impossível identificar a origem de uma resposta da inteligência artificial as big techs não vão indexar conhecimento grátis?

Preparem-se amigos: A internet com conteúdos de qualidade à borla está perto do fim. Vem aí a greve mundial de professores, a maior de sempre!

Perguntas para o painel:

  • Acreditam nesta previsão? Vamos passar a ter paywalls e logins por todo o lado?

https://www.businessinsider.com/ai-killing-web-grand-bargain-2023-8

Diogo

 

 Meus amigos, se em episódios passados trouxe o fim da publicidade no geral e o que seria do nosso futuro, para quem não ouviu foi o episódio 138,  esta semana trago-vos mas um fim…

E desta feita vamos falar do fim da publicidade programática e da publicidade comportamental. Mas como não quero que pensem que só trago os fins, esta semana trago-vos também o início.. Neste caso o início da publicidade mais privada o que acham? 

 

Então, num artigo com o nome: O fim de uma era para a publicidade comportamental na UE: Os reguladores venceram, pelo menos por agora. Explica como a publicidade comportamental, que se baseia em dados e no comportamento passado dos utilizadores para mostrar anúncios relevantes, está a enfrentar grandes desafios na UE devido às regulamentações de privacidade. O artigo refere que os anúncios recentes da Meta, da Snap e do TikTok indicam que as empresas estão a afastar-se da publicidade comportamental na UE e a exigir o consentimento explícito dos utilizadores.
O artigo descreve os grandes três temas de privacidade que perturbaram o ecossistema de dados que permitia a publicidade comportamental: 

  1. Em primeiro lugar: o quadro App Tracking Transparency da Apple os os utilizadores têm de consentir à partilha dos dados com a aplicação 
  2. Em Segundo, a descontinuação dos cookies de terceiros pelo Google Chrome a acontecer em 2024
  3. E em terceiro lugar, claro,  o RGPD da UE. 

O artigo explica como estes temas reduziram a disponibilidade e o fluxo de dados dos utilizadores entre aplicações, sites e plataformas, e como desafiaram a base legal do tratamento de dados para a publicidade comportamental. A Meta recentemente concedeu que a publicidade comportamental em aplicações na UE já não pode ser opt-in por defeito, marcando o fim de uma era. Os reguladores venceram, pelo menos por agora.

 

Enfim, ótimo artigo, convido todos a ler em marketing por idiotas.pt mas enquanto eu penso que a publicidade comportamental vai continuar nem que seja por dados primários, ou seja, comportamento na própria plataforma. 

Por exemplo, se a pessoa no TikTok vê muitos vídeos de cães e sendo que agora em alguns países podem até fazer compras pela plataforma, é normal que o TikTok, baseado no comportamento, consiga segmentar publicidade desse tipo de produtos para esse utilizador. 

Contudo, no que toca a publicidade comportamental com dados de terceiros, como o programatic, leva-me a questionar se realmente não poderá estar mesmo a chegar ao fim..O que acham? 

The EU’s war on behavioral advertising (substack.com) 

 

Fred

Venho falar da tecno-encruzilhada que hoje se desenha na educação. 

Pensem comigo: encontram-se, à beira de um prazo apertado para entregar um trabalho universitário e eis que o ChatGPT aparece, como um farol, para iluminar o vosso processo criativo.

Num mundo em rápida transformação, a questão premente é a seguinte: a Inteligência Artificial (IA) na educação é um aliado valioso ou uma isca que nos distância da verdadeira aprendizagem?

O debate tem sido acalorado e, por vezes, polarizado. 

Universidades mundialmente prestigiadas, como Yale, Universidade de Cambridge, e Harvard, vêm o uso de ferramentas como o ChatGPT não como uma mão amiga, mas como uma potencial armadilha.

Para elas, confiar na IA para trabalhos e ensaios académicos é equivalente a plágio – uma violação da autenticidade, uma diluição da verdadeira voz do escritor.

No entanto, a Europa mostra-se, terrena de descobertas e inovação. 

A Nova IMS em Portugal nada contra a corrente. A instituição integra a IA generativa da Microsoft, e procura alavancar o potencial da tecnologia para fomentar inovação pedagógica. Para a Nova IMS, a IA não é uma ameaça, mas sim um instrumento poderoso que, se utilizado de forma ética, pode enriquecer a experiência de aprendizagem.


Mas, onde está a linha que separa a ajuda genuína da dependência prejudicial?

É altamente provável, que muitos estudantes utilizem um sistema de IA para escrever todos os seus trabalhos universitários, poupando horas de esforço, conforme noticiado também.

As linhas entre respostas humanas e aquelas moldadas pela IA estão a tornar-se cada vez mais difusas.

Noutra nota, enquanto a tecnologia avançada é o foco de debate em muitos locais, Almeirim em Portugal regressa ao básico. A cidade decidiu que os alunos do 1º ciclo devem deixar os seus telemóveis fora das salas de aula, numa tentativa de promover a interação humana genuína e reduzir distrações. Não é a única, mas a mais recente nas notícias.

Sim, a IA pode ser uma ferramenta revolucionária, potencialmente catalisando processos criativos e brainstorming. Mas, até onde vamos permitir que esta relação nos leve?

Estamos, sem dúvida, num ponto de inflexão tecnológica e educacional. 

A IA não é apenas uma visita, ela é a nossa nova vizinha. 

A questão é: como a convidamos para a nossa casa pedagógica de maneira ética e eficiente? 

Porém, a relação entre alunos e IA não é tão inocente. Um estudante revelou como utilizou um sistema de IA para escrever todos os seus trabalhos universitários, poupando horas de esforço.

Então, que caminho seguimos? 

Abraçamos totalmente essa nova era digital, ou estabelecemos limites claros? 

Perguntas:

– Como acham que as escolas e universidades deveriam abordar o uso de IA pelos alunos?

– Acreditam que a proibição de telemóveis nas escolas é um passo atrás, considerando a era tecnológica em que vivemos, ou é necessário para um melhor desenvolvimento educacional?


Leitura complementar:

Sobre o Podcast Marketing por Idiotas

podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.

O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.

Ouvir podcast marketing por idiotas

Temas no podcast

03:00
Temas
podcast marketing portugal

Os Idiotas

frederico carvalho podcast marketing por idiotas

Frederico Carvalho

Formador e consultor de marketing digital

Miguel Vieira podcast marketing por idiotas

Miguel Rão Vieira

CEO @ pkina.com / funis.pt

Ricardo Vieira podcast marketing por idiotas

Ricardo Vieira

Senior Business Strategy Developer na Turim Hotels Group

Escreva pelo menos 1 caractere
logo podcast marketing por idiotas
Fale connosco:
WhatsApp Podcast Marketing por Idiotas
spotify Podcast Marketing por Idiotas