O poder do GPT4, o CEO do TikTok e os portugueses na internet – e114s02
Esta semana no episódio 114 falamos do poder do GPT4, do CEO do TikTok e os portugueses na internet.
Episódio de: 29 de Março, 2023
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MIGUEL
O Poder do GPT-4 é escrever…ou ler?
Ontem vi um meme que o Luis Menezes colocou no nosso grupo whatsapp em que mostra 2 quadrados.
No primeiro quadrado vemos uma pessoa a dizer a um colega:
A inteligência artificial transforma este bullet point num email longo que eu posso fingir que escrevi.
No segundo quadrado vemos a pessoa que recebeu o email a dizer a outro colega:
A inteligência artificial cria um único bullet point deste email longo e eu posso fingir que o li!
Penso que este meme mostra mesmo muito bem o impasse em que nos encontramos e o quão confusos estamos em relação à inteligência artificial.
O GPT-x trouxe com ele a capacidade de todos nos tornarmos escritores…todos podemos começar a escrever longos artigos de blog e a sermos criadores de conteúdo com imensa informação e detalhes incríveis.
A grande questão é:
Será este o verdadeiro valor do GPT-4?
Será que o verdadeiro poder é dar-nos capacidade de criarmos imenso texto e bombardearmos todos os que nos rodeiam com text-walls?
O valor é criarmos muito barulho no nosso blog para que os motores de busca indexem o nosso site…?
Será mesmo que em 2025 as pessoas pesquisam no Google da mesma maneira?
Ou o valor está em ajudar-nos a resumir todo o ruído que existe à nossa volta em informação simples e condensada que conseguimos absorver e nos ajuda a resolver um problema?
Aquele meme mudou algo em mim…ou pelo menos na minha percepção da AI.
Ontem vi também à noite uma masterclass com o NEIL DEGRASS em que ele referia uma frase dita por Einstein que foi algo deste género:
Com o expandir da esfera do nosso conhecimento, também expande a esfera da nossa ignorância.
Ou seja…neste momento estamos perante uma revolução no conhecimento humano, ninguém tem dúvidas disso… e com este desenvolvimento também surgem novas perguntas.
Estamos numa nova fronteira entre um mundo antigo e um mundo novo.
Estamos num momento de enorme incerteza em que ninguém sabe o que vai acontecer no próximo ano…apenas podemos ter uma ideia do futuro.
A escrita por inteligência artificial foi uma ferramenta incrível e uma vantagem competitiva…quando mais ninguém a usava e podiamos “fingir” que tinhamos sido nós a escrever.
Será que neste momento vai fazer sentido criarmos conteúdos às pazadas gerados por inteligência artificial?…que na realidade depois vão ser novamente resumidos por inteligência artificial por ninguém ter paciencia para os ler…a não ser a própria inteligência artificial que os criou?
Nesta nova fronteira confesso aqui para os nossos ouvintes que nunca me senti tão confuso.
Sinto-me cada vez mais ignorante face ao que se avizinha daqui a 1 ano…
Será que uma landing page ainda faz sentido daqui a 1 ano?
Será que escrever um blog com objectivo de SEO para atraírmos visitantes, criarmos relação e depois uma venda ainda vai fazer sentido?
Será que escrever livros que depois vão ser engolidos por AI ainda faz sentido?
Será que faz sentido a gritaria online que se aproxima, com milhões de pessoas a criar conteúdos?
Porque motivo quero eu ver um artigo num blog ou site, se posso pedir também à inteligência artificial que escreva um para mim, mais adaptado à minha realidade?
Será que a inteligência artificial veio para aumentar o volume ou para tornar a música mais suave para os nossos ouvidos?
Acredito que enquanto marketeers vamos descobrir o caminho desde que continuemos a focar-nos em melhorar a vida e as experiências das pessoas com os nossos serviços…e isso pode implicar esquecermos muitas das táticas e ideias do passado que tanto valorizamos.
Esta foi apenas uma refleção de uma noite mal dormida e deixo também no site do marketingporidiotas.pt um excelente artigo que li de CHRISTOPHER BRENNAN no site sifted.eu e que fala sobre este tema.
Pergunta para o estimado painel:
O poder da inteligência artificial está em escrever ou em ler e interpretar?
Miguel Rão Vieira
Diogo
Bem isto hoje vai parecer um pouco de revista cor de rosa mas cá vai… Esta semana para evitar que tenham de ver as 5 horas da audiência do CEO do TikTok o Sr. Shou Zi Chew no congresso norte-americano trago-vos um pequeno resumo e alguns pontos interessantes para falarmos aqui hoje ( e não, não foi o chatGPT que fez o resumo, na verdade assisti durante horas às várias questões).
1º de tudo deixem-me dizer que ao contrário do que aconteceu na audiência com o Mark Zuckerberg, ou marco para os amigos, os membros do congresso estavam muito mais bem preparados para esta audiência. Houve claro questões para o CEO do TikTok como: “ TikTok quando estou em casa tem acesso à minha de rede de Wi-Fi” o que sim pode parecer ridículo e que muitos vídeos foram feitos como sendo uma questão ridícula se fosse isolada, mas não era uma questão isolado porque o que se espera é uma resposta afirmativa para uma segunda questão relacionada que foi: “o TikTok tem acesso a informação aos dispositivos que estão na minha rede de WiFi”. E digo-vos meus amigos que a questão n foi respondida com um claro não mas sim um: “acredito que não mas fazemos o mesmo que várias outras empresas no meio”.
Então a audiência rondou sobretudo à volta destes 3 pontos:
A influência da China sobre a empresa, onde o CEO esclareceu que a empresa TikTok está sediada em Los Angeles e em Singapura. E que na BitDance, a empresa mãe do TikTok, 60% dos seus acionistas são investidores globais e dos 5 membros da administração 3 são Americanos. Ele referiu também que o TikTok em si, não está disponível na china. Ou seja, referindo a separação que há entre as duas empresas a versão Chinesa a Douyin (também controlada pela ByteDance). Contudo, no mesmo dia, no WSJ saiu uma notícia de como a China poderia se opor à venda forçada do TikTok segundo uma representante do ministério do comércio chinês. Mas o CEO do TIkTok referiu, e isto é importante, porque é crime mentir para o congresso, uma das razões pela qual temos muitas vezes respostas evasivas, que a informação na aplicação nunca foi alvo de influência do governo Chinês. Contudo, referiu também que a influência de governos sobre redes sociais não é só no TikTok, ou seja, para ficar na ideia que o próprio FB foi alvo de manipulação nas presidenciais independente de quem está à frente da empresa.
O outro ponto principalmente abordado foi a Preocupação com a privacidade com várias questões relacionadas à privacidade dos mais de mil milhões de utilizadores ativos por mês da plataforma. Onde o CEO do TikTok referiu várias vezes o projeto Texas que pretende exportar toda a informação dos 150 milhões de cidadãos americanos para servidores em solo americano e não foi referido na audiência mas existe um projeto semelhante para a União Europeia com o nome Project Clover. Mas até ao momento estes projetos ainda não estão implementados. Portanto, qualquer questão relacionada com a privacidade levava com a resposta do project Texas.
Por último, o outro elefante na sala mais falado foi o conteúdo perigoso, sobretudo para menores. Onde foi mencionado um post que tinha a mensagem subliminar de que queriam dar um tiro naquele dia a um membro do congresso. Aí a resposta foi muito clara do CEO do TikTok (assim que ele conseguiu falar) do empenho deles em remover conteúdo como esse mas que é um problema de todas as redes sociais.
Por último o CEO do TikTok terminou o seu discurso com 4 promessas:
1. Segurança para os teenagers como prioridade
- Firewall que protege os dados dos estados unidos de qualquer interferência de fora
- Nenhum governo manipolarizá o conteúdo do TikTok
- Serão transparentes sobre o seu motor de recomendação e utilização de dados para empresas externas
Tenho duas questões que podem pegar aqui…
- Na audiência deu-me muito uma sensação de perseguição a uma empresa privada que tenta simplesmente sobreviver só que por pertencer parte a uma empresa chinesa aprece estar a ser perseguida? O que acham?
- Outra questão na verdade vem de um dos congressistas que questionou porque n há este problema com conteúdo perigoso no Douyin? Como conseguem eles controlar isso na China e não no resto do mundo?
FRED
Olá ouvintes, hoje vamos falar sobre um tema que está a impactar o futuro de Portugal e a forma como vivemos e trabalhamos: a transição digital!
Deixem-me começar por dar-vos o contexto: A Portugal Digital, uma iniciativa do governo, apresenta hoje os resultados do estudo do potencial económico da transição digital em Portugal, realizado pela Deloitte, num evento onde serão debatidas as oportunidades e desafios dessa transformação. Será ainda revelado o resultado da análise da IPSOS com um inquérito ao tecido empresarial sobre o digital.
À hora que estamos a gravar e a emitir ao vivo no Youtube, ainda não foram divulgados os dados, mas eu estive a ler o projeto “Portugal Digital: Moving Forward to a Digital Nation”, criado em 2022, que resume a estratégia abrangente do país para enfrentar questões importantes, como inclusão digital, transformação das empresas e digitalização da administração pública.
Alguns factos interessantes: Atualmente, 22% da população portuguesa está excluída digitalmente, e 48% não possui competências digitais básicas. 19% da população portuguesa nunca usou a internet. A média na União Europeia é de 9%
Entre 2022 e 2023, foram projetadas iniciativas como a Academia Portugal Digital e o programa Emprego + Digital 2025 para promover a formação e inclusão digital.
A estratégia também aborda a transformação digital das empresas, com foco nas PMEs. Em 2019, apenas 40% das empresas portuguesas estavam online.
Curiosidade saiu hoje um estudo da União Europeia, não relacionado com o primeiro tema, que refere que população portuguesa ainda compra menos online e pensa cada vez menos na forma como os seus dados pessoais são utilizados.
Na área do comércio eletrónico, a pesquisa mostra que os consumidores estão cada vez mais expostos a práticas injustas. As três mais reportados foram a publicidade personalizada, como referiram 76% dos inquiridos a nível europeu, a publicidade escondida em resultados de pesquisa (75%) e as análises de consumidores desonestas (69%).
O Scoreboard de 2023 para o consumo, coordenado pela Comissão Europeia, mostra que os consumidores estão cada vez mais expostos a práticas injustas no comércio eletrónico.
A União Europeia pretende acelerar a resolução destas preocupações e implementou uma estratégia que inclui iniciativas de certificação de cibersegurança, privacidade, acessibilidade e sustentabilidade.
Em resumo, estou curioso para saber os resultados da apresentação que será divulgada hoje e para compreender melhor o impacto da transição digital nas empresas portuguesas. Portugal está no caminho certo para se tornar uma nação digital líder na Europa, com foco no desenvolvimento de competências e no apoio às empresas. Fiquem atentos às novidades e até à próxima!
Pergunta 1: Quais são os principais desafios e barreiras que as empresas portuguesas enfrentam na adoção de tecnologias digitais e como podem ser superados
Pergunta 2: Como é que a cibersegurança e a proteção de dados pessoais podem ser priorizadas no processo de digitalização em Portugal, garantindo a confiança dos cidadãos e empresas no ambiente digital?
[RAPIDINHAS, NOTÍCIAS DA SEMANA QUE ACHAMOS MAIS RELEVANTES]
- O ChatGPT tem agora plugins que poderão testar em breve como o plugin que browser, integração com outros serviços, interpretação de código e por último o de retrieval que permite uma conexão e integração do GPT a uma base de dados privada.
- Numa notícia relacionada, Já é possível negar acesso à informação do vosso site pelas ferramentas do GPT
- A Meta lançou as “Advantage+ shopping campaigns” que são campanhas baseadas em IA para serem uma solução mais eficiente para anunciantes focados em desempenho das vendas online
- Num estudo de neurociência desenvolvido pela Ocean Outdoor que visa testar a hipótese de que existe uma relação entre a publicidade digital exterior e as campanhas online, a Ocean analisou as respostas cerebrais a diferentes formas de campanhas partilhadas no TikTok e no Instagram. A análise permitiu concluir que a publicidade exterior otimiza as campanhas feitas através das redes sociais, com os consumidores a serem mais atraídos pelas marcas nas redes sociais quando já viram a publicidade em outdoors. – partilha do Luís no nosso grupo de WhatsApp
- Há Rumores de que a Amazon poderá estar a lançar um browser próprio, após um questionário enviado aos trabalhadores da Amazon. Partilha da Hermana no grupo de WhatsApp
- A WordPress prepara-se para lançar a versão 6.2 com um novo look no criador de páginas.
- A Google também está a testar um selo para anunciantes verificados. Mas por agora é só um teste.
- Vários websites estão a reportar mais visitas vindas do Bing após o lançamento do BingGPT.
- O CEO do Instagram respondeu as 3 questões mais frequentes dos utilizadores como o alcance dos hashtags, postar mais do que uma vez por dia reduz o alcance e também se fazer um post de uma plataforma em vez de ser no Instagram tem ou não influência no alcance.
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
Neste episódio
Os Idiotas
Frederico Carvalho
Formador e consultor de marketing digital
Miguel Rão Vieira
CEO @ pkina.com / funis.pt
Diogo Abrantes da Silva
Freelancer SEO, SEA, CRO e Web Analytics