
O marketplace da Robbialac, a publicidade programática e os bons produtos e maus negócios – e67s01
Neste episódio do podcast Marketing por Idiotas falamos o marketplace da Robbialac e se será uma tendência. A publicidade programática e os bons produtos e maus negócios na inovação digital.
Episódio de: 4 de Maio, 2022
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MIGUEL
Esta semana trago uma notícia…não é bombástica como as que costumo trazer mas é uma notícia de uma tendência.
A robbialac lançou um marketplace chamado “O meu pintor” para ajudar clientes que compram tintas robbialac a encontrarem os pintores para as suas casas.
Eu faço parte desse target…confesso que a única coisa que percebo de tintas é que stucomat é uma grande tinta…e que stucomat é robbelack! Toda a gente pinta com stucomat, stucomat é robbelack!
Posto isto vamos aos detalhes:
O meu pintor é um marketplace, e o marketplace é robbialack!
Basicamente no marketplace os clientes metem detalhes sobre o desafio de pintura que têm e encontram os profissionais perto de si que o podem executar sem deixarem manchas na parede o pingos de tinta sobre o chão de tacos de madeira que vai fazer as vossas mulheres odiarem-vos para sempre e chamar-vos desleixados apesar de vocês terem metido jornais com fita adesiva e seguido o tutorial do youtube!
Bernardo Aragão o director de marketing da robelack diz que “Queremos deixar claro que na Robbialac os clientes podem encontrar tudo aquilo que necessitam para não adiar mais as pinturas lá de casa”
Penso que ele podia ter acrescentado algo como “Queremos salvar o casamento do miguéis que acham que é fácil pintar sem destruir soalhos”
A ideia parece-me interessantissima e gosto desta estratégia de criar um marketplace para que o cliente final possa usufruir de profissionais que utilizam os produtos da marca.
Também acho boa para roubar dados e perceber como estão os orçamentos de pintura para mais tarde começarem a vender paredes pintadas em vez de tintas para pintar paredes.
O que acham desta ideia?
Acham que tem pernas para competir com outras soluções de marketplace tipo o zask? O taskrabbit e outras…ou é mais para o showoff?
Vamos começar a ver marketplaces especializados a aparecerem?
DIOGO
https://www.linkedin.com/pulse/enough-humans-all-history-augustine-fou/
Esta semana trago-vos o artigo do Augustine Fou, um especialista em cibersegurança e consultor antifraude, que comprou mais de mil milhões de impressões em várias plataformas de anúncios ou Ad exchanges (Google Ad Manager, Open X, AppNexus, etc..
Enfim, desses mil milhões de impressões ele incrivelmente conseguiu 1,2 milhões de cliques e adivinhem, 0 conversões. (mas tb n era ess o intuito do estudo dele)
O bom de controlar o próprio bid nestas plataformas, e ter um sistema para o fazer, é que o Dr. Augustine Fou conseguiu ter acesso ao número de vezes que ele podia ter apresentado o seu anúncio e quais as redes de anúncio e sites que estavam dispostos a apresentar o seu anúncio (independente de bid ou lance).
Claro que ele encontrou baste fraude nestes mercados e só nos EUA, nos últimos 30 dias, o anúncio dele teve 3 mil milhões de pedidos de cookies únicos, que é 10 vezes mais do que o número de americanos online.
É normal um utilizador ter mais que um dispositivo mas mais que 3 não é muito usual.
E Não pensem que o facto destas redes “garantirem” uma medição externa por isso quer dizer alguma coisa porque considerando que as maiores agências de verificação anúncios “Integral Ad Science) e a DV (DoubleVerify)” dizem que 99% das impressões são de humanos, quer dizer que não estão a encontrar todos os bots, como ele encontra.
Ele fala também que cada vez mais os anunciantes estão finalmente a perceber que as agências só enviam este gasto para o chamado programtic porque é lá que têm mais lucro e não pelos resultados.
Enfim, de relembrar ainda que há vários processos em tribunais a falar da insegurança destas redes, inclusive uma notícia que o Grindr, a famosa aplicação de encontros sobretudo para a comunidade LGBTQIA+, esteve a vendar a localização precisa dos seus utilizadores e que o próprio Jon Oliver no seu programa apresentou uma forma de medir os membros do senado que que clicaram em certos anúncios menos próprios.
Enfim, como sabemos segundo o Miguel a privacidade, mas o programmatic será uma tanga?
FRED
Tema: Bons produtos e maus negócios: invenções digitais
Ao longo dos últimos 15 anos, existiram ideias digitais inteligentes que cativaram imaginações, transformaram hábitos e reformularam indústrias e economias.
Há muitos grandes produtos digitais desta geração que ainda são maus negócios financeiramente.
- A Spotify remodelou a música, mas a empresa ainda está a descobrir como gerar lucro consistente.
- A Uber alterou as cidades e tornou-se um modo de vida para alguns passageiros e motoristas. Mas a empresa gastou muito mais dinheiro do que aquele que trouxe ao longo dos seus 13 anos de vida.
- Empresas como a Glovo, Instacart e outras empresas com foco em entregas de refeições ao domicílio, nenhuma conseguiu por enquanto tornar a empresa rentável.
- Já falámos neste podcast da Gamespot e da Robinhood, esta última ajudou a tornar o investimento acessível e divertido, mas não é ainda rentável.
- O Twitter é uma força cultural, mas nunca foi uma boa empresa a gerar dividendos.
Há algumas estrelas tecnológicas que são também (discutivelmente) grandes negócios, incluindo Facebook, Airbnb e a Zoom Video.
Mas como é que tantas empresas com tecnologias transformadoras quebraram a regra de que um negócio morre se não consegue equilibrar o seu fluxo de caixa.
Os investidores acreditaram nos seus planos de negócio, as empresas com boas ideias têm tempo e dinheiro para sonhar em grande, expandir e descobrir como dar aos clientes o que eles querem – e eventualmente gerar lucros reais, também.
A Amazon é um exemplo famoso de uma empresa que gastou mais dinheiro do que aquele que trouxe durante alguns dos seus primeiros anos – uma condição temporária até ter simultaneamente um bom produto e um grande negócio.
Pergunta: Será que as ideias digitais vencedoras da última década são as mais inteligentes?
Ou são apenas as ideias com mais dinheiro para tentar (e continuar a tentar).
[RAPIDINHAS – Notícias de Marketing em Portugal]
- O Twitter começou hoje o seu teste de círculos onde podem decidir quem vê o vosso conteúdo.
- 29% dos consumidores não acredita nas afirmações sustentáveis das marcas e 83% dos consumidores admitem mudar os seus hábitos de consumo se lhes oferecerem descontos.
- O Digital Services Act da EU que vem aí, vai obrigar a Meta, a Google e outros a terem de explicar o seu algoritmo. As empresas serão ainda responsáveis pelos conteúdos nas suas plataformas com multas até 6% da sua receita.
- O Facebook vai abandonar o seu projeto de podcasts após um ano de existência
- Parece que a Google se vai preparar para dizer adeus ao Google My Business ou o Google Business profile e os utilizadores terão de gerir as suas contas através do Google Maps ou do motor de pesquisa.
- Já é possível pedir à Google para removerem informação pessoal do motor de pesquisa. Coisas como número de telefone, morada, emails, etc. Tudo oque seja considerado Informação pessoal identificável.
[FERRAMENTA DA SEMANA]
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
Neste episódio

Os Idiotas

Frederico Carvalho
Formador e consultor de marketing digital

Miguel Rão Vieira
CEO @ pkina.com / funis.pt

Diogo Abrantes da Silva
Freelancer SEO, SEA, CRO e Web Analytics