
Fiver Go a substituir freelancers, novidades na Google e o que é vibe coding – e271s01
Esta semana no episódio dos temas da semana falamos sobre se o Fiver Go vai substituir os freelancers, novidades na Google que os marketiers precisam de saber e o que é vibe coding.
Episódio de 14/03/2025
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MIGUEL
Hoje venho falar sobre o FIVER GO…a nova plataforma tecnológica do FIVER que permite a freelancers treinarem e controlarem ferramentas de inteligência artificial personalizadas para que os clientes possam utilizar e criar trabalhos únicos instantaneamente!
Se não percebes porque é que isto pode ser ou a maior revolução ou a maior aldrabice de sempre no mundo dos freelancers ouve este episódio até ao fim!
Ouvi falar do FIVER GO quando estava a ir de carro para o nosso último podcast em coimbra e fiquei cheio de vontade de falar nisto por lá mas tive de aguentar mais uma semana.
Cheguei a casa e comecei a explorar o site do FIVER GO para perceber melhor o que por aqui se passa…
Então é o seguinte:
Vamos ao site do fiver GO e a primeira frase de explicação é de que esta é uma plataforma onde podemos criar e treinar ferramentas ou agentes de AI personalizados para que os clientes na plataforma utilizem e façam trabalhos que normalmente nos pediriam para fazer instantaneamente.
Do género…imaginem que criamos uma ferramenta de copywriting para escrever scripts de landing pages, anúncios, posts etc…metemos no FIVER e sempre que alguém utiliza a ferramenta ganhamos algum.
Isto poderá ser também aplicado a outras áreas como som, imagem, vídeo, programação e outros tipos de trabalhos com que costumamos contratar freelancers.
O primeiro vídeo que vemos no site está altamente inspiracional, coloca o freelancer no centro do universo e a forma com que a criatividade aliada ao conhecimento sempre fizeram a inovação avançar etc…
E Coloca logo o paradigma de como é que protegemos a criatividade no futuro com AI…posicionando o fiver GO como a solução.
Claramente o Fiver quer posicionar-se do lado dos freelancers e na proteção do seu trabalho e possibilidade de ganho financeiro com o treino de Ais…pois dizem que estamos a entrar numa era onde os criadores vão ter cada vez menos motivos para partilhar as suas criações.
Eles dizem querer resolver 3 problemas para a comunidade de freelancers:
- Tempo
- Novas oportunidades de faturação
- Creative Ownership
Para conseguir isto o produto está dividido em 2 partes:
- MY AI Creation Models – Onde o freelancer treina o modelo com exemplos dos seus trabalhos como modelos de imagens e depois é gerada uma página onde o cliente pode ir fazer prompts a esse modelo para criar desenhos do mesmo estilo.
o Digital Illustration Model
o Blog Post Model
o Instant Audio Model
Estes modelos na realidade funcionam um pouco como os GPTs do Chat GPT…colocamos exemplos, fazemos os prompts, mas simplesmente para os outros poderem utilizar este modelo têm de nos pagar.
- MY AI Personal Assistant – É um assistente AI que conhece todos os trabalhos e já viu todas as interações passadas do freelancer com clientes e consegue responder a questões sobre projectos, trabalhos…a ideia é conseguir estar 24/7 a responder a potenciais clientes para conseguir obter novos negócios.
Isto também é inovador apresentado neste “pacote” mas na realidade é um chatbot que conhece todo o nosso trabalho e condições comerciais para poder falar por nós.
As duas ferramentas em separado não são inovadoras…mas o que é inovador são as duas ferramentas em conjunto.
Se um freelancer pode criar um robot que trabalha por si, coloca-o numa plataforma onde o robot também consegue vender os serviços…
Até quando uma empresa com serviços mais complexos não irá fazer a mesma coisa?
Será que todos os que operamos no mundo da prestação de serviços vamos entrar numa era industrial como a que revolucionou todos os que vivem no mundo da produção de produtos?
A questão é que a revolução industrial levou a produção dos produtos para a china e outros países…
Será que a revolução dos serviços vai levar a prestação de serviços para os estados unidos, china e todos os outros países com big techs de AI?
Será que nós enquanto prestadores de serviços, tanto freelancers como empresas, vamos resistir a tudo isto?
Parece que o que a fiver está a pedir é que enviemos os “Moldes” para que eles prestem os nossos serviços?
Será isto um esquema?
Eu ainda estou a digerir um pouco isto tudo…no entanto começo já a colocar algumas questões sobre o que significa este lançamento:
- Será que no futuro todos vamos ter um Agente / Robot treinado por nós…e é esse agente ou robot que vai trabalhar por nós?
- Mas será seguro entregarmos todos os nossos processos a uma BIG TECH para treinarmos o nosso modelo? O que impede a fiver de mais tarde ter os seus próprios modelos baseados em todo o nosso trabalho?
- Será seguro termos um assistente pessoal que trate de todo o processo comercial de venda e comunicação com um cliente por nõs? Será que vamos ficar cada vez mais isolados no futuro?
- Será que o futuro das empresas é criar máquinas que prestem serviços por si?
São estas as questões para vocês filosofarem hoje!
DIOGO
Esta semana venho falar do motor de pesquisa Google e quero-vos falar de 2 recentes notícias e perceber o que vocês e os nossos ouvintes pensam.
As notícias são tanto para quem faz conteúdo e SEO como Fred, como para quem faz anúncios nos motores de pesquisa como Miguel.
Então vamos começar por quem faz anúncios no motor de pesquisa da Google.
A semana passada foi atualizada uma página da documentação do Google Ads sobre como os leilões do Google Ads funcionam e claro que a Internet não deixou passar em branco uma atualização que a Google não anunciou.
E o que é que a Google atualizou perguntam vocês?
Então, segundo a Google, agora para quem faz anúncios pode aparecer tanto na parte de cima como na parte de baixo de uma página da Google.
Ou seja, por norma numa pesquisa da Google temos os anúncios no topo, depois temos o conteúdo orgânico, e no final da página temos mais anúncios. E o que a atualização da Google veio dizer é que agora o mesmo anunciante pode aparecer tanto em cima como em baixo.
E agora o Miguel, dizia: opá isso é fenomenal. Assim os meus clientes tÊm duas oportunidades de serem clicados.
E é verdade. Contudo, há aqui um senão. Porquê. Porque na verdade isto acontece porque agora a Google por cada página faz 2 leilões separados. Um para parte de cima e outro para a parte de baixo.
E o Fred agora pergunta.
Mas porque é que isso é mau?
E eu digo-vos o que não é bom. É que a partir de agora só vai haver espaço para os grandes anunciantes. Reparem enquanto anteriormente podiam aparecer até 7 anunciantes numa página, agora só vão aparecer 4 no máximo porque os mesmos anunciantes que já estão a pagar mais vão aparecer tanto em cima como em baixo, deixando as pequenas empresas sem hipóteses para aparecer mas claro que a Google assim faz muito mais dinheiro.
E já vos deixo comentar mas deixem-me dar a segunda notícia que queria falar e agora para os SEOs.
Então a Google lançou nos EUA o “AI mode” ou em português, o modo Inteligência artificial. Que será um novo botão no topo de uma pesquisa da Google. E meus amigos, isto não substitui os AI overviews, ou seja não substitui neste momento as respostas por IA que já podem aparecer na Google. Simplesmente adiciona esse botão e que caso cliquem fará a vossa pesquisa novamente mas agora com IA, tal e qual como se fosse o chat gpt mas dentro do motor de pesquisa Google.
Deixem-me só adicionar que este não será por agora o modo standard e os utilizadores terão de entrar num beta para testar esta funcionalidade. Contudo gostava imenso que pudessem comentar sobre o impacto de cada uma delas.
De deixar o aviso, que na minha opinião, para quem tem um site baseado no conteúdo. Ou muito dependente de tráfego orgânico, está na hora de repensar a vossa estratégia.
https://futurism.com/openai-google-hurting-publishers
Google Ads run different auctions for each ad location
Google Says Its New AI Mode Will Help You Find Better, Deeper Information
FRED
Pois bem, programadores, chegou a vossa vez.
Em Silicon Valley está a ficar em desuso escrever código à mão – agora dão-se instruções à Inteligência Artificial.
Este fenómeno chama-se Vibe Coding
Recentemente, foi revelado que gigantes como a Google já adotaram esta metodologia e, surpreendentemente, até os seus algoritmos de pesquisa poderão depender desta abordagem no futuro.
O conceito do Vibe Coding é simples: usar a IA para criar código a velocidades extraordinárias.
Esqueçam a depuração manual e as horas gastas em otimizações detalhadas – a IA regenera o código rapidamente até funcionar.
Sergey Brin, cofundador da Google, já deixou claro que esta é a direção estratégica da empresa – utilizar inteligência artificial para escrever e aperfeiçoar código.
No último episódio, já tinha comentado que empresas como a Midjourney, ElevenLabs e Gamma já compreenderam esta nova realidade e estão a gerar receitas milionárias com equipas mínimas.
Aqui, o verdadeiro valor não está na quantidade de programadores contratados, mas sim na rapidez com que se testam e implementam novas ideias, um tema que já abordámos em episódios anteriores.
Se têm colaboradores ou são programadores operacionais, preparem-se para uma mudança radical.
Antes, criar um website ou software exigia conhecimentos profundos em programação.
Agora, a IA trata do trabalho pesado e os profissionais passam a ser curadores, aprovando e orientando as soluções geradas pela inteligência artificial, focando-se sobretudo no design do produto e na experiência do utilizador.
Pessoalmente, já investi em plataformas como relíq, bold.new, lovable.dev e Cursor AI para desenvolver software útil às minhas necessidades e é incrivelmente intuitivo.
Para mim é uma questão de otimização de tempo, foco no que realmente interessa, enquanto a IA fica encarregue das tarefas mais rotineiras.
E há mais uma coisa que vale a pena destacar: com o crescimento do Vibe Coding, será cada vez mais difícil diferenciar produtos apenas pela funcionalidade.
É aqui que entra o Vibe Design. Se a IA faz o “trabalho pesado” no código, o grande valor passa para o design da experiência do utilizador.
Pergunta: Se a diferenciação tecnológica se torna mais difícil devido ao uso generalizado de IA, será que a experiência de utilizador passa a ser o único verdadeiro fator diferenciador no mercado? Ou há outros fatores?
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado pelos comentadores com lugar cativo o freelancer para ONGs Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Rão Vieira.

Os Idiotas

Frederico Carvalho
Formador e consultor de marketing digital

Miguel Rão Vieira
CEO @ pkina.com / funis.pt

Ricardo Vieira
Senior Business Strategy Developer na Turim Hotels Group