Cuidado a anunciar no YouTube, geração Alfa e perigos da IA e ChatGPT – e136s01
Neste episódio falamos do engodo de anunciar no YouTube, da geração Alfa que vem ai e perigos da IA e ChatGPT.
Episódio de: 16 de Agosto, 2023
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Diogo
Esta semana venho vos falar de mais um possível engodo da Google que devem ter em atenção nas vossas campanhas e com o vosso orçamento para evitarem dar dinheiro a sites fraudulentos e evitar desperdício.
Algum dos presentes já anunciou em Youtube?
Esta semana trago-vos um pequeno teste do Dr. Augustine Fou, um pesquisador independente de fraude em anúncios, fez uma experiência para comparar a qualidade e o desempenho de anúncios em vídeo no YouTube e nos Parceiros de Vídeo do Google (GVP). Fred, ajuda-me com o contexto pf.
Para quem não tem contexto, nós podemos fazer anúncios em Youtube através da plataforma de Google Ads, e nesse tipo de anúncios podemos escolher Fazer a campanha no Youtube e sites parceiros Google e se formos explorar todas as opções, podemos na verdade restringir a nossa campanha apenas a Youtube.
Obrigado Fred. PRonto e foi isso exatamente que ele tentou testar, como seria a performance de cada um dos tipos. Contudo, atenção que ele gastou pouco dinheiro (até porque lhe sai do próprio bolso) mas meus amigos eu digo-vos que não é necessário gastar mais do que o dinheiro que ele gastou para descobrir o que ele descobriu.
Então o Dr Fou, configurou duas campanhas para promover seu site usando anúncios em vídeo do YouTube. Uma campanha foi criada no YouTube e no Parceiros de Vídeo do Google, enquanto a outra foi executada apenas no YouTube.
Ele usou tags no site para medir a qualidade dos cliques que chegavam das campanhas, sendo que a ferramenta que ele tem tenta exatamente diferenciar humanos de bots.
E espantem-se as almas o que acham que ele encontrou? (não precisam de responder porque é uma pergunta retórica)
Pois é, ele descobriu que a campanha que esteve presente no YouTube e na rede de parceiros vídeo, teve uma performance bem pior em termos de qualidade de anúncio e qualidade de visita. Então a campanha no Youtube e parceiros teve quase todas as impressões e visualizações consumidas na rede de parceiros. Onde das 5767 impressões registadas nesta campanha apenas 3 impressões foram na verdade no site do Youtube.
Mais, quando olhamos para qualidade de visitas ao site vindas desta campanha de parceiros, mais de 60% do tráfego foi identificado como bot ou possível bot vs. os números da campanha apenas de Youtube onde 16% foi identificado como tráfego de bot ou possível bot.
Enfim, há muito mais para analisar neste post e não quero que tirem todas as conclusões deste post, diria para testarem vocês próprios se quiserem com o vosso site e o vosso budget mas como disse anteriormente não esperem resultados muito diferentes.
Mas meus caros, tenho aqui a questão para vocÊs… Preparados?
O que podemos fazer nós como marketers para evitar estas armadilhas das plataformas de anúncios? O Google tem este e mais uns quantos, o TikTok tem o Pangle que é uma rede de parceiros também, o Fb tem também a sua rede de parceiros… enfim… o que podemos fazer nós como marketers.. Possivelmente o Twitter também tem algum deste tipo de armadilhas para nós gastarmos mais dinheiro e eu é que não sei…
Miguel
Geração Alfa – Vão ser adultos alfa?
Esta semana vou falar sobre um dos meus temas preferidos…porque sou pai.
A eterna luta entre gerações…
Esta luta geralmente personifica-se no diálogo dos mais velhos em frases como:
– No meu tempo havia respeito…
– Antigamente brincávamos na rua…
– Estes miudos não sabem o que é trabalhar…
– Eu nunca tive nada disto…
E nos mais novos os argumentos são:
– Tu não percebes…
– Tu estás a estragar a minha vida…
Quando falamos do ponto de vista de marketing…eu sinceramente não sei se isto foi sempre assim… mas quando estava na casa dos 20 anos…há 20 anos atrás foi quando comecei a ouvir pela primeira vez estas ideias de diferentes gerações como diferentes mercados etc.
Lembro-me na pós graduação de marketing digital foi quando ouvi pela primeira vez a palavra millenials…
Que eram uma geração cheia de propósito, ideais, que eram completamente diferentes de tudo aquilo que já tinha sido visto anteriormente.
Os millenials não queriam trabalhos onde o dinheiro era a prioridade…mas sim os valores e propósito da empresa, etc.
Eu na altura até fiquei com pena a pensar “Fogo eu não sou um millenial?? Isto parece a melhor geração de sempre! O mundo vai ser deles!! Que azar eu pertencer à geração rasca!”
A realidade é que…todos os sonhos e ideais dos millenials parece que foram destruidos quando chegaram à idade de realmente começarem a trabalhar e saír de casa.
Aparentemente esta geração foi das mais castigadas e a que está a ter mais dificuldade em afirmar-se no mercado.
A geração Z parece que com tantas crises passou por nós e nem demos por ela.
Agora a moda e tendência é falar da geração alpha…à qual a minha filha pertence.
São todos os nascidos entre 2010 e 2024. Para o ano serão 2.2 mil milhões de pessoas
Um estudo que está partilhado em marketingporidiotas.pt diz que esta geração está ainda mais comprometida com “propósito”, gaming e tecnologia que a geração Z.
Já todos percebemos que o propósito é aquilo que nos consegue encontrar empregos que paguem as contas e nos tirem de casa dos pais antes dos 50 anos é não aceitarmos qualquer trabalho que nos apareça á frente.
Mas pronto voltando ao estudo aqui estão alguns dados interessantes:
- O acesso à internet acelerou a “Brand maturity”, ou a maturidade face às marcas, da geração alfa…fazendo com que comecem mais cedo a preferir marcas de adultos antes sequer de entrarem na adolescência.
- 75% das crianças entre os 8 e os 10 anos falam e pensam sobre saúde mental. O estudo “Exploring generation alpha: A look into the future” diz que este tema será um dos grandes pontos de afinidade com as marcas.
- Se a geração Z eram nativos digitais…esta geração alfa são NINJAS DIGITAIS.
- Aqui no marketing por idiotas acreditamos que será finalmente esta geração que não será apanhada em esquemas de phishing através do email…
- Relembro que foram precisos quase 30 anos para que o principe da nigéria deixasse de fazer estragos em massa.
- No centro da identidade desta geração está o facto de esta geração ter passado pela pandemia…o que acelerou ainda mais as suas capacidades digitais.
- Mais de 40% desta geração utilizou um tablet antes dos 6 anos…gostava que o ricardo estivesse aqui para comentar esta!
- Esta geração valoriza ainda mais ter a última tecnologia
- Esta geração também tem preferências a nível das marcas com a geração Z sendo que as TOP BRANDS são: Netflix, Disney e Nintendo.
- Quando perguntamos a alguém da geração Alfa o que quer ser quando for grande…grande parte deles dizem: “Quero fazer a diferença e ajudar o planeta e outros”…na geração Z a resposta mais habitual era: Tornar o meu hobby um emprego, criar coisas novas, fazer muito dinheiro, e ser famoso.
- A última estatística e acho que esta é aquela que vai ditar o futuro do metaverso…e a minha previsão de que faltam apenas um par de anos para ele explodir: Esta geração não vê o gaming como lazer ou entretenimento…mas vê como uma oportunidade de expressar a sua criatividade, identidade e construir coisas novas
Posto isto pergunto aos meus caros colegas:
A geração alfa vai tornar-se numa geração de adultos alfa?
O que vamos poder esperar desta geração?
A nível de marketing…estamos preparados para fazer marketing para esta geração?
Fred
Estamos em 2023, e o som de uma revolução está nas ondas digitais.
Um estado da Capital Economics reviu em alta as previsões das 500 maiores empresas do mundo em 2024 e 2025, citando o impacto da Inteligência Artificial (IA) e a possibilidade de estarmos perante uma bolha tecnológica. Outros analistas já tinham mencionado o impacto da IA nos mercados financeiros em 2023, do Bank of America à Goldman Sachs.
Mas neste episódio eu destaco uma entidade, poderosa na sua capacidade de responder e até rimar.
Exactamente, refiro-me ao ChatGPT, uma criação da OpenAI que emergiu em novembro passado e tornou-se num marco, alcançando o seu primeiro milhão de utilizadores quinze vezes mais rápido do que o Instagram e trinta vezes mais rápido do que o Spotify.
Agora é o seguinte estimados ouvintes… toda a glória tem o seu preço.
O custo?
Os relatórios mais recentes revelam uma realidade alarmante.
O custo diário de $700,000 para operar o ChatGPT está a levar a OpenAI ao limite.
Com uma queda contínua no número de utilizadores, o fantasma da falência não é uma mera especulação, mas uma possibilidade concreta que pode assombrar a OpenAI até 2024.
Investidores e analistas observam atentamente, questionando se a empresa pode transformar esta engenhosa criação numa operação lucrativa antes que seja tarde demais, ou se o brilho deste génio tecnológico será extinto pela realidade financeira.
🤔Será a crónica de um fim anunciado ou o nascimento de um novo capítulo?
E agora, o enredo ainda mais emocionante para as empresas:
👉Abraçar a inovação ou proteger a propriedade intelectual?
A proibição ou permissão do uso do ChatGPT em empresas é um tópico complexo revisitado pela recente pesquisa da Reuters/Ipsos.
Do lado da Proibição temos:
* Questões de Segurança: O alarme foi acionado por várias empresas de segurança, mostrando que o uso do ChatGPT poderia violar os direitos de propriedade intelectual e dar origem à divulgação de informações estratégicas.
* Proibição Explícita: A pesquisa mostra que 10% dos entrevistados tiveram o uso do ChatGPT explicitamente proibido por suas chefias. - Samsung Electronics: Proibiu o uso global de ChatGPT e ferramentas semelhantes depois que um funcionário carregou código sensível na plataforma. - Tinder: Embora os funcionários usem o ChatGPT para tarefas consideradas inofensivas, a empresa não permite oficialmente o seu uso. - Procter & Gamble: Um funcionário mencionou que o ChatGPT é completamente banido na rede do escritório, embora a empresa não tenha comentado.
Do lado da Permissão e Adoção temos:
* Uso Permitido: Apenas 22% dos trabalhadores confirmaram que suas empresas permitem o uso da ferramenta. Isso indica uma hesitação significativa entre as organizações em adotar a tecnologia, talvez devido aos riscos associados.
* Inovação e Adaptação: Algumas empresas, como a Coca-Cola, optaram por abraçar a tecnologia, lançando a sua própria versão corporativa do ChatGPT. Isso demonstra uma abordagem proativa e inovadora para aproveitar os benefícios da IA enquanto controla os riscos.
Para fechar, é normal que exista alguma ambiguidade no cenário atual em relação ao uso do ChatGPT no local de trabalho.
A maioria não sabe se as suas empresas permitem ou não o uso dessa ferramenta. A maioria vai usando. Acho que a incerteza reflete talvez uma falta de clareza nas políticas corporativas em relação ao uso da IA, ou uma área cinzenta na qual as empresas ainda estão avaliando os riscos e benefícios.
Investidores mordem as unhas, a concorrência agita-se, muitos constroem os seus próprios bots, e a questão emergente não é apenas profunda, mas também eletrizante:
Pergunta para o estimado painel:
Pergunta 1: Acreditam que a dependência das empresas em ferramentas como o ChatGPT é um avanço positivo ou representa um risco inaceitável para a segurança e privacidade dos dados?
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
Os Idiotas
Frederico Carvalho
Formador e consultor de marketing digital
Miguel Rão Vieira
CEO @ pkina.com / funis.pt
Ricardo Vieira
Senior Business Strategy Developer na Turim Hotels Group