Banners de cookies, Segurança Infantil Online e Regra dos NAVY SEALS – e147s01
Neste episódio falamos de banners de cookies em espanha, segurança infantil online e a regra dos NAVY SEALS.
Episódio de: 28 de Setembro, 2023
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Miguel
Nos próximos minutos vocês vão ouvir:
- Mais um dos meus traumas do meu passado laboral
- Uma regra de comunicação utilizada pelos navy seals
- Como a podem aplicar no vosso negócio
Há uns episódios atrás falámos sobre o estado da educação em Portugal e uma das coisas que referi foi a minha dificuldade desde sempre em decorar.
Sou daquelas pessoas que se falarem comigo eu vou esquecer-me de 90% do que me disseram passados alguns segundos, e 99% do que me disseram passados alguns minutos.
Esta minha característica trouxe-me algumas vantagens e desvantagens.
As desvantagens foi que sofri no local de trabalho quando recebia instruções orais e não havia tempo para tirar notas.
Uma das vantagens é que se não nos lembrarmos das instruções exatas de como nos pediram para fazer alguma coisa temos de puxar pela cabeça e isso dá espaço para a inovação…ou basicamente começar a inventar!
Alguns de vocês podem estar a perguntar-se: O que tem isto a ver com “Nunca perder os 3”…o titulo do meu comentário desta semana?
Bem…Hoje venho partilhar a metologia ou um ensinamento dos NAVY SEALS… que foi partilhada por Jocko Willink, um antigo oficial que adora dá masterclasses de motivação e liderança.
Existe um ditado nos NAVY SEALS que é algo do género:
“Eu só me consigo lembrar de 3 coisas”.
E esse ditado tornou-se uma regra fundamental de comunicação na organização.
Todas as mensagens são feitas em blocos de 3 elementos.
Por exemplo quando o comandante está a fazer um briefing de uma missão os operacionais pedem sempre apenas 3 coisas importantes que o comandante quer que eles saibam ou se lembrem sem falhas.
Isto é literalmente uma regra que é aplicada a tudo.
Os NAVYSEALS já chegaram à conclusão de que se forem dadas instruções com 18 passos ninguém se vai lembrar, e tudo vai correr mal…por isso mais vale manter as coisas em blocos simples.
Agora o Diogo Pergunta:
“Mas miguel…isto é um podcast de marketing, onde está o valor para os nossos ouvintes?”
O valor surge porque temos de começar a ver a nossa comunicação como um teatro de operações militares em que temos muito pouco tempo para gravarmos mensagens na cabeça da nossa audiência.
O Jocko Willink dá alguns exemplos…por exemplo a masterclass dele ajuda os alunos a serem melhores a motivar, a construir equipas e a comunicar. (3 objetivos apenas).
A ciência por traz disto é que o ser humano consegue apenas manter na memória de curto prazo (ou memória de trabalho) cerca de 3 items.
Por isso é que cada um de nós quando decora um número de telefone agrupa os números em 3 ou 4 números.
Então aplicando isto ao mundo do marketing aqui vão alguns exemplos:
Quando estamos a tentar explicar um serviço ao cliente
- Qual o problema que resolve?
- Como resolve o problema?
- Quanto custa resolver agora o problema?
Numa landing page devemos apresentar apenas 3 benefícios…apenas 3 features… e por aí adiante.
Um anúncio segue uma estrutura de 3 passos:
- Captar atenção
- Criar desejo
- Motivar ação
Esqueçam as apresentações powerpoint com uma data de bullet points em cada slide…
Se começarmos a complicar a nossa mensagem não vai conseguir passar, e a pessoa enche a cabeça com demasiada informação e todos sabemos que…uma cabeça confusa não compra.
Este apesar de ser um exercício muito simples não é fácil.
Eu confesso que sou daqueles que tenho tendência para complicar…e na realidade ninguém tem tempo ou paciência para coisas complicadas…
Por isso o trabalho de casa para hoje é:
- Subscrever o podcast onde quer que nos ouçam
- Deixar uma review positiva
- Simplificar tudo na vossa comunicação em 3 pontos
Agora as questões para o nosso ilustre painel:
- Já conheciam esta regra dos 3?
- Têm tendência para complicar ou simplificar?
- Não me lembro de uma terceira pergunta…mas digam o que vos apetecer!
https://www.inc.com/carmine-gallo/follow-navy-seal-rule-of-three-to-make-a-persuasive-pitch.html
Diogo
Hoje, e como tema deste passado fim-de-semana após termos feito cookies cá em casa, senti-me inspirado em partilhar algumas das nossas cookies com vocês.
Mas como infelizmente não consigo enviar cookies pelo spotify então decidi partilhar notícias sobre cookies e neste caso cookies espanhóis.
Só para dar um contexto rápido Fred, podes explicar o que são cookies e banners de consentimento:
Os cookies são pequenos ficheiros de texto que os sites armazenam no nosso dispositivo com o intuito de registar informações sobre as nossas preferências e atividades online. São utilizados para melhorar a experiência de navegação e personalizar o conteúdo apresentado. No entanto, a legislação europeia, o RGPD, exige que os sites obtenham o nosso consentimento antes de armazenar cookies no dispositivo. É por isso que é possível observar banners de consentimento em muitos sites, que solicitam que se aceite ou recuse o uso de cookies. Estes banners geralmente incluem informações sobre o tipo de cookies que o site utiliza, os parceiros com quem partilham essa informação e a razão da utilização dos mesmos.
Obrigado fred
Então no passado mês de Julho, la Agencia Española de Protección de Datos reduziu o nível de criatividade de banners de consentimento de cookies com um novo guia sobre o uso de Cookies. Segundo o guia, os pop-ups de consentimento de cookies terão agora necessariamente estes 3 botões:
CONFIGURAR – RECHAZAR – ACEPTAR
oU SEJA, em português,
CONFIGURAR – REJEITAR – ACEITAR
A nova edição do Guia sobre o uso de cookies, de julho de 2023, indica assim as seguintes obrigações, no que diz respeito ao design visual do banner de consentimento:
- Um botão facilmente visível, com as palavras “Aceitar cookies”, “Aceitar”, “ConsentiR” ou textos semelhantes, para consentir o uso de todos os cookies.
- Um botão semelhante ao anterior, com as palavras “Rejeitar cookies”, “Rejeitar” ou textos semelhantes, para recusar o uso de cookies (exceto aqueles que estão isentos da obrigação de obter um consentimento informado).
- Um botão claramente visível, mas não necessariamente semelhante aos anteriores, que exibe ou leva a um painel de configuração que permite aceitar ou rejeitar cookies de forma granular.
O guia dá ainda 3 esclarecimentos adicionais:
1 . A pessoa não pode ter a impressão de que deve aceitar cookies.
- A pessoa não pode ser claramente pressionada a aceitar cookies.
- A cor ou contraste do texto e dos botões não pode ser obviamente enganoso para as pessoas, de modo a levar ao consentimento involuntário.
As empresas espanholas têm agora até janeiro de 2024 para cumprir com estes guia da la Agencia Española de Protección de Datos
E sim, se pensam que isto vai afetar os dados medidos pelas empresas têm razão. Todos os pixels, tags de Google Analytics, TikTok, Google Ads e Facebook vão ser afetados por esta alteração porque se prevê uma queda drástica no consentimento dos utilizadores.
A privacidade por defeito está cada vez mais perto e um mundo mais privado está cada vez mais perto (pelo menos no que se trata de cookies e websites).
As minhas questões para vocês, são:
1 se deveríamos implementar este guia em portugal
2. Se as empresas deviam começar já a adaptarem-se a essa realidade o quanto antes
3. Se os marketers vão ter de começar a trabalhar cada vez mais com amostragem?
Primeiro o Fred
Actualización Guía sobre uso cookies AEPD (elderecho.com)
Fred
Tema: Segurança Infantil Online – a Face Sombria da Educação Digital
Segundo dados da Comissão Europeia, um grande número de crianças e jovens da UE estão imersos nos jogos online, com 73% entre os 6 e 10 anos, 84% entre os 11 e 14 anos e 74% entre os 15 e 24 anos
56% dos jovens entre os 7 e 17 anos preferem assistir a vídeos online, enquanto 55% ouvem música online.
Segundo o relatório Safer Internet for Children da Comissão Europeia estas atividades são facilitadas pelos telemóveis, sendo o dispositivo de escolha para 70% das crianças e jovens
Os dispositivos modernos, apesar de serem portais para a interação, aprendizagem e diversão, também são veículos para a desinformação, fraude, cyberbullying e conteúdos inapropriados. A propósito do regresso às aulas, um relato recente na Espanha, sobre fotografias manipuladas por inteligência artificial que mostraram alunas nuas que depois foram abordadas por colegas e estranhos com essas fotografias. Um relato em que jovens estudantes foram despojadas da sua dignidade, é um testemunho dos perigos que espreitam no online. Nos Estados Unidos, a ameaça intensifica-se com o FBI a registar um aumento nas vítimas de extorsão, chantageadas com imagens falsas, mas comprometedoras, criadas a partir de conteúdos disponíveis online. A repercussão sombria deste tipo de extorsão levou ao suicídio de 3.000 pessoas no ano passado.
Nesta era de deslumbramento digital, percebemos que apesar do nosso conhecimento, ainda navegamos por vezes, em águas desconhecidas ao tentar proteger as crianças, os mais jovens.
O desafio torna-se então: como podemos criar um ambiente de segurança no vasto oceano digital? Aos poucos aparecem leis europeias como a Lei dos Serviços Digitais para criar algumas regras.
Mas destaco uma prestigiada Doutorada em Psicologia da Educação, Catherine L’Ecuyer, e uma das vozes mais respeitadas na educação infantil, falou sobre o encanto hipnótico da tecnologia na recente conferência European Early Childhood Education Research Association, no Estoril.
Ela fez várias perguntas pertinentes:
– Será que estas ferramentas digitais são aliadas educacionais valiosas?
– Que efeitos colaterais podem emergir do ambiente digital?
Catherine questiona o uso desenfreado da tecnologia pelos miúdos, especialmente no cenário escolar, alertando para a jornada sem destino definido que estamos a empreender na onda digital.
Link para lerem a entrevista na Visão:
As redes sociais, como TikTok e Instagram, tornaram-se palcos virtuais, apresentando uma panóplia de personagens, com bebés e crianças nos papéis principais sob a direção dos seus pais.
E se achavam que já tinham visto tudo… este Podcast desafia os mais estatutos navegadores de tendências.
Falo do protagonismo infantil indesejado como os desafios virais como o “cheese slice trick ” e o “egg crack challenge” no TikTok que mostram uma procura incessante por reconhecimento, onde a dignidade dos pequenos pode ser posta de lado.
Sob o manto de humor inofensivo, encontra-se uma narrativa que pode ultrapassar os limites da ética e do respeito.
As redes sociais, por um lado, desempenham o papel de palcos vibrantes mas são também arenas de exploração e exposição imprudente.
No dia 27 de setembro a Nova School of Law tem uma conferência internacional sobre a «A proteção das crianças online: o papel da proteção de dados» que vai explorar estes temas.
No fundo é mais um passo, mais um esforço para criar um ecossistema digital seguro e educacional, um imperativo coletivo.
Pergunta:
Como é que a monetização de conteúdos infantis, promovida através de estratégias de marketing, impacta a privacidade e a segurança das crianças?
Os pais devem ter o direito de monetizar a imagem dos seus filhos?
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
Os Idiotas
Frederico Carvalho
Formador e consultor de marketing digital
Miguel Rão Vieira
CEO @ pkina.com / funis.pt
Ricardo Vieira
Senior Business Strategy Developer na Turim Hotels Group